Á sua conversão
“…Quebraram-se, meu Deus, as pedras duras; Mostrou o sol e lua sentimento; E não vossas humanas criaturas! Eu só, meu Redentor, vos atormento! Eu fiz os vossos cravos, cruz, e lança, Por obra, por palavra, e pensamento… E Vós encheis minh’alma de esperança Com tão claros sinais de piedade, Que quase já não sei temer vingança. (…) A alma, que em vossas mãos presa se entrega Não tem de que temer, nada recêa, A névoa deste mundo não na cega. Nas lágrimas de dor, em que semeia, Colhe suave fruito de alegria, Saudoso da sua terra alhêa.”27 Frei Agostinho da Cruz